Sensoriamento remoto e aplicabilidade para áreas preservadas
O sensoriamento remoto consiste, de forma simples, em uma tecnologia de obtenção de imagens e dados de uma determinada área ou objeto sem tocá-lo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no contexto da observação da Terra, sensoriamento remoto significa “observar nosso planeta usando sensores muito acima do solo”.
A coleta de dados (qualitativos e quantitativos) por meio de sensoriamento remoto pode se dar no nível aéreo, por meio de aviões ou drones, e no nível orbital, na qual utiliza sensores de satélites que coletam dados dos objetos de interesse na superfície, em escalas globais, regionais ou locais.
Monitoramento ambiental
O avanço tecnológico das últimas décadas favoreceu o desenvolvimento de diversas ferramentas de monitoramento terrestre-ambiental, as quais possibilitam a aquisição de informações sobre o grau de degradação ao meio ambiente, incluindo o acompanhamento de biomas ameaçados, alterações climáticas, níveis de vazão de recursos hídricos, dentre outras medições possíveis.
Para áreas de floresta, por exemplo, com a comparação de imagens ao longo de um determinado período de tempo, as chamadas séries históricas ou temporais, é possível identificar o comportamento da vegetação de um território, como regeneração ou remoção da cobertura vegetal, permitindo a análise qualitativa de mudanças de uso e cobertura da terra.
No âmbito regulatório, dados obtidos por drones ou satélites podem apoiar a verificação da conformidade ambiental de áreas rurais no contexto do Novo Código Florestal, Lei n° 12.651/2012. É possível identificar a presença ou ausência de Reservas Legais (RLs), condições ambientais de cursos d’água e Áreas de Preservação Permanente (APPs) e a existência de perturbações, tais como: ações de desmate, incêndios ou invasões irregulares.
Cada vez mais aplicados para estudos de monitoramento ambiental, materiais gerados por sensoriamento remoto são disponibilizados por diversas plataformas públicas de acesso à informação. A plataforma MapBiomas, por exemplo, disponibiliza uma coleção de dados que revisam os 34 anos dos mapas anuais de cobertura e uso da terra no Brasil. Ainda, o Plano de Dados Abertos (PDA) do INPE, disponibiliza um catálogo gratuito de imagens de satélite, bem como dados utilizados no Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira e no Programa de Detecção de Desmatamento em Tempo Real.
O uso desse tipo de informação permite a elaboração de produtos como mapas temáticos que podem ser usados para estudos de vegetação, uso do solo, relevo, rede de drenagem etc. Imagens aéreas de drones e satélites permitem uma visão maior sobre a área de estudo, complementando, ou até mesmo substituindo, a coleta de dados em campo.
Pode-se dizer que o sensoriamento remoto otimiza o tempo de estudo de uma determinada área, sendo uma ferramenta importante no auxílio à tomada de decisões, gestão e planejamento espacial.
Mercado em ascensão
A cada ano surgem novos tipos de sensores e softwares para processamento e representação de dados obtidos por satélites e drones. Essa transformação, em ritmo acelerado, vem promovendo grandes alterações no modelo de negócios e nas formas de uso da chamada geoinformação.
Tecnologias de monitoramento estão se tornando um negócio substancial, impulsionadas pelo fato de que as economias globais, bem como a sociedade em geral, estão cada vez mais comprometidas com a gestão de seus impactos ambientais e conservação do meio ambiente.
Ainda, o cenário atual de pandemia causada pela Covid-19 tem favorecido o mercado. A facilidade do uso e o acesso às imagens permitem o acompanhamento de áreas de interesse mesmo nesse tipo de situação, em consonância com as regras de isolamento social.
A ECCON permanece atenta às novas tecnologias disponibilizadas para otimizar ainda mais o mercado de negócios ambientais e a preservação de áreas verdes. Recentemente, incorporamos ao nosso escopo de atuação o uso de drones, a fim de aprimorar, cada vez mais, os serviços e produtos oferecidos aos nossos clientes.
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A ECCON permanece atenta e envolvida nas regulamentações desse mercado promissor, podendo lhe fornecer assessoria para viabilizar a compra, venda ou arrendamento de áreas rurais com floresta. Acompanhe-nos nas redes sociais e na imprensa.