Banco de Áreas Verdes – Fevereiro.2020
Valoração econômica de áreas de floresta
A precificação de áreas de floresta é um dos principais desafios do mercado de compensação ambiental. A falta de padrões e índices econômicos que subsidiem a precificação acaba por restringir os preços à regra de oferta e demanda.
Áreas com potencial agrícola ou imobiliário, como se pode imaginar, costumam ser mais valorizadas. Mas, normalmente, não são consideradas as características específicas das áreas florestadas e seus serviços ambientais (ou serviços ecossistêmicos) associados.
Aos poucos, instituições de mercado e de pesquisa disponibilizam estudos com propostas de valoração das florestas e seus recursos naturais. Essencialmente, a maior parte converte para o mesmo objetivo: entender quanto custam os serviços ambientais prestados pelas áreas de mata para poder precificá-las.
Como fazer a valoração
O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo/SP (IBAPE/SP), com o objetivo de criar uma norma inédita, desenvolveu a cartilha “Valoração de Áreas Ambientais”. A publicação foi elaborada pela Câmara Ambiental do Instituto e busca divulgar desde conceitos até fórmulas de cálculo para disponibilizar ferramentas aplicáveis na precificação de áreas verdes.
A cartilha propõe como método a identificação de fatores ambientais. Para cada fator, é atribuída uma pontuação considerando seu grau de importância. Um exemplo de fator é a importância da área: (i) no abrigo da fauna, (ii) no desenvolvimento da flora da região, (iii) no ciclo de carbono, (iv) na conservação do solo e (v) na conservação e manutenção dos recursos hídricos. Por meio da pontuação dos fatores ambientais, é possível dimensionar os serviços ambientais prestados pela área.
Ao final, a soma dos fatores ambientais é multiplicada pelo valor da terra nua (considerando as variações de mercado). Caso a área apresente algum tipo de passivo, este deve ser calculado pela estimativa de seu custo de remediação e descontado do valor final. Com isso, é obtido o valor econômico-ambiental da área.
O desafio, no entanto, é compreender se as relações de mercado estão preparadas para receber sistemas de preços obtidos a partir da valoração dos serviços ambientais.
Por que precificar áreas de floresta?
Em processos
administrativos de licenciamento ambiental, existem determinações legais
diversas, incluindo mitigações e compensações ambientais. Para a
definição econômica de compensações, normalmente não é considerado o valor
ambiental da área como um todo, apenas itens isolados, como arborização
e presença de nascentes. O mesmo ocorre para compensações de Reserva
Legal.
Evidenciar o grau de importância ambiental das áreas de floresta por meio de
sua valoração econômica aumenta a percepção do valor dos bens e serviços
ambientais, contribuindo para iniciativas de conservação ambiental e servindo
de apoio a políticas públicas.
A ECCON segue acompanhando e estimulando o desenvolvimento de ferramentas
para a valorização de áreas de floresta e otimização de operações envolvendo
negócios ambientais.
Atualizações do Banco de Áreas Verdes ECCON
Estamos aprimorando a
análise dos imóveis cadastrados em nossa plataforma online. Para isso, temos
solicitado aos proprietários inscritos que nos enviem sua documentação
atualizada e recomendado que regularizem suas pendências para que sejam
elegíveis a operações de compensação ambiental.
Em breve, lançaremos a versão atualizada da nossa plataforma com novas funções
e layout. Para saber mais, continue nos acompanhando por aqui. Siga-nos também
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A ECCON permanece atenta e envolvida nas regulamentações desse mercado promissor, podendo lhe fornecer assessoria para viabilizar a compra, venda ou arrendamento de áreas rurais com floresta. Acompanhe-nos nas redes sociais e na imprensa.