Análises geoespaciais – Vol. 80 – Janeiro.2022
Neste volume da carta da ECCON, abordaremos a aproximação das análises geoespaciais com a busca por uma economia de baixo carbono.
O registro da realidade
A espacialização dos fenômenos da realidade através da cartografia acompanha a história humana desde a antiguidade, assimilando o conhecimento científico desenvolvido ao longo do tempo, que dá origem à engenharia cartográfica, e incorporando tecnologias modernas que, utilizando-se de equipamentos e satélites cada vez mais avançados, permite o desenvolvimento da inteligência artificial nas análises espaciais.
A aplicação de tecnologias de análises geoespaciais em temas contemporâneos e de perspectivas para um futuro próximo possibilita diagnósticos realistas e concretos dos elementos naturais com níveis de confiança cada vez maiores, e a busca da aplicação no entendimento dos recursos ambientais se torna cada vez mais necessário em tempos de mudanças climáticas.
Análise geoespacial e estoques de carbono
Na busca por uma economia de baixo carbono, as avançadas tecnologias têm muito a contribuir, e medições do carbono na atmosfera já vem sendo aprimoradas, a exemplo do GEDI (Global Ecosystem Dynamics Investigation), instrumento da agência espacial americana (NASA) com o objetivo de caracterizar os efeitos da mudança do clima e na dinâmica dos ecossistemas, e que utiliza sensores a laser (Lidar) a bordo da Estação Espacial Internacional para o registro de dados em alta resolução.
Imagens de satélites e demais sensores vêm sendo utilizados no entendimento das formações vegetais desde o acompanhamento de produção de agrícolas, detecção e controle de desmatamentos e queimadas, e monitoramento de ações de restauração ambiental.
O desenvolvimento de sensores Lidar e sensores multiespectrais, associados a drones e a tecnologias computacionais, possibilita a mensuração das espécies e a modelagem dos ambientes florestais, estando cada vez mais acessíveis a cientistas e empresas na busca de resultados mais concretos, de forma remota. Assim, vêm adicionando informações aos inventários florestais e tornando mais precisos os métodos de estimação da biomassa, o que traz mais consistência da quantificação de carbono estocado ou liberado na atmosfera pelos ecossistemas florestais.
Enquanto o futuro não vem
Os métodos de análises espaciais que utilizam imagens de satélites, drones e softwares computacionais especializados contribuem, até então, em diversas abordagens relacionadas à busca por uma economia de baixo carbono.
Em estudos de viabilidade realizados em propriedades que pretendem obter créditos de carbono, são realizados mapeamentos cujas áreas potenciais são mensuradas. Análises históricas de uso do solo e de ocorrências como desmatamentos e queimadas são possíveis por meio da investigação histórica de imagens de satélites, em altas resoluções.
Os monitoramentos de áreas florestais e de projetos de reflorestamento, bem como o reconhecimento e monitoramento da biomassa florestal, utiliza a associação das tecnologias geoespaciais com os dados coletados em campo. Resulta que as análises geoespaciais são utilizadas para confirmar a potencialidade de áreas, para verificações ao longo de projetos aplicados à preservação ou ao reflorestamento, e viabilizam aos proprietários a participação em projetos REDD (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation) ou em projetos que os beneficiem através do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais).
A equipe da ECCON desenvolve e apoia a utilização das ferramentas de análises geoespaciais nos estudos de viabilidade e no desenvolvimento de projetos REDD e PSA. Para mais informações, entre em contato conosco: contato@wordpress-1196016-4217327.cloudwaysapps.com.
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Yuri Rugai Marinho
Thais Parolin
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