O conceito e a importância da biodiversidade – Vol. 88 – Outubro.2022
Neste volume da carta da ECCON, abordaremos o conceito e a importância da biodiversidade, bem como seu papel em negócios ambientais.
Conceito
De acordo com a Convenção sobre a Diversidade Biológica (“CDB”), um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente, a diversidade biológica, termo cunhado como sinônimo de biodiversidade, é definida como “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas”.
Em linhas gerais, a biodiversidade pode ser entendida como o conjunto de todos os seres vivos que compõem a riqueza e a variedade do mundo natural. A diversidade de plantas, animais e microrganismos, bem como suas interações, constituem a biodiversidade – ou diversidade biológica.
Nesse contexto, o cenário nacional se destaca. De acordo com o World Wide Fund For Nature (“WWF”), o Brasil é considerado o país da megadiversidade, abrigando cerca de 20% das espécies de seres vivos conhecidas do mundo.
O valor da biodiversidade
Valores ecológicos, genéticos, sociais, econômicos, científicos, educacionais, recreativos e culturais elencam o rol de riquezas e recursos, de valor inestimável, providos pela diversidade de espécies de seres vivos e suas interações. Em termos práticos, as plantas, animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano. O ar que respiramos, os alimentos que ingerimos, a energia que usamos e outros recursos fundamentais para nossa existência, são frutos da interação da biodiversidade.
Conservar a diversidade biológica é garantir que esses recursos não faltem no futuro e que o meio ambiente permaneça em equilíbrio. Uma vez que uma espécie entra em extinção, todo o ecossistema local é impactado, incluindo o provimento de recursos indispensáveis à sobrevivência humana.
Em contrapartida à necessidade de conservação, dados alarmantes sobre a perda da biodiversidade estão chamando a atenção do mundo. Em 2019, a ONU, juntamente com a Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (“IPBES”), apresentou um relatório que trata da Avaliação sobre o estado da biodiversidade global, apontando que cerca de um milhão de espécies – de um total estimado de oito milhões – está em perigo de extinção. De acordo com o relatório, perder cerca de 1 milhão de espécies significa perder 12,5% do total da biodiversidade animal e vegetal do planeta.
Biodiversidade como solução
Essencial para o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (“ODS”) da ONU, e considerando os índices preocupantes de sua redução no mundo, a biodiversidade está cada vez mais no centro da estratégia de desenvolvimento de novos mercados e modelos de negócio.
A sigla “ESG” (Environmental, Social and Governance), que vem mudando a maneira de ser fazer negócios e movimentando investimentos globalmente, apoia-se na necessidade urgente de desenvolvimento de ações sustentáveis para o combate ao aquecimento global, tema amplamente tratado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que em 2022 chega em sua 27° edição.
A COP 27 está prevista para acontecer em novembro deste ano no Egito, para tratar da questão climática, e será sucedida da Conferência da Biodiversidade (COP 15), que visa convocar governantes de todo o mundo para estabelecer um novo conjunto de metas pela natureza para a próxima década, por meio do Marco Pós-2020 da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU.
Em consonância com a agenda ESG de instituições atentas aos movimentos globais que tratam da proteção e recomposição da biodiversidade, outro conceito de mercado vem ganhando força: a economia regenerativa. No cenário ambiental, o termo pode ser definido, de forma sucinta, como um braço da economia que busca apoiar a regeneração do meio ambiente por meio de novos modelos de negócios que, para além de reduzir seus impactos negativos, se propõem a gerar externalidades ambientais positivas.
Negócios que recuperam a biodiversidade e os ecossistemas, tais como projetos de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (“REDD+”) e projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais (“PSA”), que propõem um conjunto de ações de combate ao desmatamento, valorizando a floresta preservada e agregando valor à biodiversidade, são exemplos de economia regenerativa.
Tais tendências de mercado deixam claro o movimento à favor da biodiversidade. Anteriormente tratada como um ônus, a diversidade biológica vem sendo reconhecida como um componente que possui valor econômico como recurso, capaz de gerar renda e impulsionar um mercado por meio da preservação de áreas verdes, garantindo a manutenção e continuidade dos recursos naturais.
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Yuri Rugai Marinho
Maria Cecilia Ferronato
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