ECCON na mídia – Revista Exame – Dez. 2017
Empresa cria banco de áreas verdes bilionário e procura investidor
Com a promulgação da Lei nº 12.651/2012 (novo Código Florestal) e a busca das empresas pelo compliance ambiental, o mercado de áreas verdes está mais aquecido. Imobiliárias, corretores e empresas de consultoria apresentam ofertas para proprietários interessados em regularização de Reserva Legal ou para investidores. No intuito de atender a demanda do mercado, a empresa ECCON Soluções Ambientais disponibilizou seu banco com mais de 2 bilhões de metros quadrados.
De acordo com o advogado e CEO da empresa, Yuri Rugai Marinho, o banco pode valer mais de 1 bilhão de reais. Ele explica: “Se o metro quadrado das áreas cadastradas em nosso banco valer, em média, cinquenta centavos, o valor total em transação seria de 1 bilhão de reais”.
Considerando o atual estágio do mercado de áreas verdes no Brasil, os valores podem oscilar significativamente. Não há índices de preços para essas áreas e a situação documental das propriedades é bastante diversa, o que significa que há margem para negociações e, consequentemente, oportunidade para bons negócios.
Extensão e procedimentos do banco
O banco de áreas verdes da ECCON é, atualmente, composto por 35 propriedades localizadas em diferentes Estados do Brasil. São mais de 207 mil hectares de terras selecionadas pela empresa desde 2014.
“Nós criamos um procedimento interno de análise dos documentos das áreas para atender os diferentes tipos de demanda dos compradores. Há opções de áreas com documentação precária, regular ou em boa situação”, explica Yuri Marinho.
Quanto mais correta e firme a documentação, mais simples é a aquisição ou arrendamento e maior o seu preço.
O banco de áreas pode ser acessado no website da empresa, a qual garante sigilo dos dados dos proprietários e esclarece que o objetivo é viabilizar o aproveitamento econômico de áreas privadas com floresta no Brasil.
Nesse mercado, é comum a ocorrência de fraudes, o que significa que o investidor precisa estar amparado por assessoria especializada e realizar uma análise aprofundada dos documentos. Outro ponto que caracteriza este mercado são as dificuldades financeiras e de serviços pelo que, normalmente, passam os proprietários de áreas de floresta.
Fundos e grandes empresas no mercado
Fundos de investimento e grandes empresas têm realizado negócios nesta área. É o caso, por exemplo, do Grupo Votorantim, que disponibilizou 31 mil hectares de floresta para compensação de Reserva Legal no Estado de São Paulo. O estoque de floresta do grupo corresponde a 1,5% da Mata Atlântica residual do Estado de São Paulo.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nos últimos 20 anos, a balança comercial do agronegócio é positiva, o que significa que o mercado de áreas rurais para fins de agricultura, pecuária ou silvicultura manteve-se aquecido. Todavia, tal como tem sido registrado, não apenas essas áreas tradicionalmente exploráveis, como também as áreas de floresta têm registrado interesse de investidores e empreendedores.
O banco de áreas verdes da ECCON não apenas viabiliza a modernização e viabilização deste mercado bilionário de compensação ambiental, como também permite o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, tais como: erradicação da pobreza em áreas de floresta; gestão sustentável da água; crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável; redução da desigualdade dentro do país; combate à mudança climática e gestão sustentável de florestas.
Fonte: Exame