Pagamento por Serviços Ambientais como instrumento de preservação de florestas no Brasil

Atenta a novas possibilidades de negócios ambientais, a ECCON está desenvolvendo inovadores meios de remunerar os proprietários rurais cadastrados no Banco de Áreas Verdes pela preservação do meio ambiente. Pesquisa realizada pela equipe da ECCON concluiu que é possível preservar uma árvore com menos de R$ 1,00.

Os proprietários rurais cadastrados no Banco de Áreas Verdes são preservacionistas em essência. Todas as áreas inseridas em nosso cadastro têm em comum o fato de terem excedente de Reserva Legal. Isso significa que elas têm mais vegetação preservada do que a lei exige.

Essa característica garante a essas áreas a possibilidade de recepcionarem projetos de compensação ambiental. Contudo, o potencial de ganho com a preservação não se limita a essa modalidade de negócio ambiental.

Outra interessante opção é a remuneração na forma de Pagamento de Serviços Ambientais (PSA). Por serviços ambientais, entendem-se os serviços e bens que a natureza oferece aos seres humanos, tais como a polinização natural, a reciclagem de nutrientes do solo, fluxo de genes, manutenção do volume e da qualidade dos recursos hídricos, o sequestro de carbono que permite a estabilização climática, entre outros.

O PSA é definido pela professora Ana Maria Nusdeo, da Universidade de São Paulo (USP), como “transações entre duas ou mais partes envolvendo remuneração àqueles que promovem conservação, recomposição, incremento ou manejo de áreas de vegetação consideradas aptas a receber serviços ambientais”.

Ao preservarem a vegetação de seus imóveis em área superior à exigida pela legislação, os proprietários preservacionistas fornecem a toda a sociedade serviços ambientais fundamentais à saúde e a diversas atividades econômicas. Mas, essa preservação tem custos. Por isso, a criação de meios que levem recursos a essas pessoas é um modo eficiente de manter de pé florestas que são passíveis de desmatamento legal.

A relevância do PSA está no fato de que qualquer cidadão pode contribuir dentro de suas capacidades e oportunidades de ação, recebendo vantagens econômicas ao adotar o comportamento socialmente desejado. Dessa forma, o PSA pode ser entendido como efetivo instrumento de preservação ambiental, bem como de circulação financeira, distribuição de renda e engajamento social.

É comum pensar que boas práticas ambientais são mais caras. Mas, precisamos reverter esse entendimento, de modo que ações preservacionistas possam ser vistas como oportunidade de geração de renda e de emprego.

Na mesma lógica, é importante deixarmos de lado o pensamento de que apenas a degradação do meio ambiente leva ao enriquecimento. É preciso que haja um reconhecimento social e econômico daqueles que preservam e deixam um legado para as futuras gerações.

Preservar a floresta é mais simples e mais barato do que parece.

Pesquisa realizada pela equipe da ECCON concluiu que, com R$ 0,40 entregues ao proprietário de uma floresta, é possível manter uma árvore em pé. Os cálculos levaram em conta o valor praticado atualmente pelo mercado de compensação ambiental em áreas de Mata Atlântica no Estado de São Paulo.

Em 2019, proprietários de áreas preservadas de Mata Atlântica em São Paulo cobram, em média, R$ 600,00 para manter preservado 1 hectare por um ano no mercado de compensação ambiental. Segundo dados do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade  (Biota-FAPESP), um hectare de Mata Atlântica é coberto por 1.488 árvores em média, de forma que, em valor aproximado, R$ 0,40 são suficientes para manter uma árvore de pé durante um ano.

Ou seja, o esforço financeiro para quem pretende contribuir na forma de PSA não é tão grande. O desafio é criar mecanismos transparentes e eficientes que façam esse dinheiro chegar nas mãos certas: os proprietários rurais preservacionistas.

A equipe da ECCON tem como missão criar métodos e estabelecer parcerias com grandes atores do mercado para tornar viável esse mecanismo de preservação. Para isso, o engajamento de empresas do setor financeiro, do varejo e de serviços será fundamental para a viabilização dessa ideia. Que tal compensar os impactos causados por suas atividades? Entre em contato conosco e conheça nossa proposta de PSA.